CLAMOR

Sou de água
Sou de fogo
Sou o vapor de um momento
Sou o silêncio de um estouro
Ninguém ouve o meu sussurro
O soluço calado de um desejo
Ninguém enxerga a minha ânsia
O clamor cego de um ensejo
Preciso regar a minha alma
Com o suco que nasce da vida
Pisar os meus pés na terra molhada
E escutar o som do sol em partida
Sopra, ó vento morno
E leva um pouco do meu calor
Leva um pouco do meu frescor
E também um pouco do meu amor.

(Alfredo Junior)

Um comentário: