A CEGUEIRA DA RAZÃO

Olhos abertos
Nutridos de ilusão
Cegos pelo desejo
De um pouco de atenção
Passeiam pela vida
Sem a mínima noção
De onde vieram
Ou pra onde irão
Sou produto ambulante
Em prateleira de promoção
Um simples espantalho
Em meio a uma plantação
Fruto esquecido
Invisível à razão
Esperando ser colhido
Pelas mãos do coração
Mas a semente que germina
Nasce do aperto de mão
Perdida entre acordos
De dotes e pensão
A cegueira que impera
Se fantasia em sermão
Mas morre lentamente
Na carência do perdão
E que os olhos que brilham
No meio dessa escuridão
Me façam semente
De um amor sem pretensão.

(Alfredo Junior)

Um comentário:

  1. Pois bem pisciano, eu gostei demais deste. Todavia, porém, entretanto não posso dizer que é o melhor, ainda preciso analisar, analisar e analisar.

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